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Sociedade de Pediatria de São Paulo chama atenção das brasileiras sobre a importância do aleitamento materno

A Organização Mundial de Saúde recomenda a amamentação exclusiva, em livre demanda, a partir da primeira hora de vida, até os seis meses, e prolongada até os dois anos, se possível. A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) apoia a recomendação por todos os benefícios gerados para mãe e filho.

O leite materno carrega a memória imunológica da mãe, protegendo o bebê de diversas infecções. A proteína da vaca na fórmula pode confundir o organismo imaturo da criança, aumentando as chances de doenças alérgicas e autoimunes. A maior quantidade de sal presente nos industrializados pode levar ao desenvolvimento de hipertensão.

Após o nascimento do bebê, o colostro surge. Embora em pequena quantidade, possui alto fator de proteção, presente apenas no leite materno. ?Muitas mães acreditam que têm pouco leite e recorrem à mamadeira, sem saber que uma única dose de fórmula infantil é capaz de desenvolver imediatamente uma alergia. É preciso investir na amamentação, com paciência e persistência?, esclarece a dra. Marisa da Matta Aprile, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da SPSP.

A seguir, dra. Marisa fala sobre alguns mitos em torno da amamentação:


Não tenho leite suficiente.

?É a sucção que libera a prolactina (hormônio que produz o leite). Deixe o bebê sugar até que ele esteja satisfeito, então ele larga a mama e relaxa. Alguns conseguem a saciedade em poucos minutos, outros demoram mais. Por esse motivo não devemos estipular o tempo, cada bebê tem o seu. É bom que a criança esvazie a mama para se beneficiar da gordura do leite do final da mamada. Se ainda mostrar sinais de fome, a outra mama deve ser oferecida. Se mesmo satisfeita e a outra mama cheia, é necessário esvaziá-la através de massagem e ordenha para evitar complicações como fissuras, mastite e abscessos. Seios que não enchem tanto não indicam baixa produção. Salvo casos de cirurgia plástica de redução de mama em que a glândula mamária é afetada, a maioria das mulheres tem potencial para amamentar?.


Mamadeira sustenta mais que o leite materno.

?O bebê que mama fórmula industrializada não desenvolve a saciedade por que o líquido simplesmente cai em seu estômago. Ele aceita a quantidade oferecida, ainda que excessiva. Além disso, confunde os bicos, prejudica a sucção e causa desmame precoce. Já no aleitamento materno, é ofertada a quantidade ideal de calorias, o teor exato de gordura ao fim da mamada e a criança desenvolve a sensação de saciedade que previne a obesidade infantil?.


Leite materno torna-se fraco com o passar do tempo.

?O perfil imunológico do leite se adapta à idade. A gordura, a proteína e a quantidade de açúcar, entre outros nutrientes, se ajustam à necessidade do lactente e à sua idade. Crianças entre 12e 23 meses que mamam em torno de 550ml de leite materno por dia têm garantidos 40% da energia, 55% das proteínas e 77% das necessidades de vitamina A por dia. Ainda protege das doenças mais prevalentes da atualidade, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial, em qualquer fase da amamentação?.


Criança grande que mama no peito fica muito dependente

?Ao ser amamentada, a criança desenvolve mais o seu Coeficiente Emocional porque suas necessidades emocionais são satisfeitas devido ao contato direto, o toque, a voz e o leite da mãe. Pessoas de coeficiente emocional alto tem mais chance de se dar bem na vida. Sempre é tempo de amamentar?.

Dificuldades

A licença maternidade de quatro meses oferecida por grande parte das empresas é um fator prejudicial à amamentação. Apesar da lei que garante o benefício por seis meses, poucas instituições aderem. Ainda que exista o incentivo fiscal, é uma adição de tempo facultativa.

Com a volta ao trabalho, pode ocorrer o desmame precoce devido à ausência materna, à falta de estrutura no ambiente profissional para ordenha e armazenamento do leite, entre outros fatores. ?É preciso oferecer condições melhores à mulher, viabilizar a possibilidade de manter o aleitamento materno exclusivo por seis meses. Sem políticas nesse sentido, é difícil convencer a mãe a estender a amamentação?, afirma.

Do mesmo modo que a mãe enfrenta dificuldades com a falta de informação sobre a importância do aleitamento materno e seus benefícios, as dificuldades com a retomada ao mercado de trabalho, para aquelas que conseguem estender a prática além de um ano existe um entrave cultural: as críticas e olhares de desaprovação por amamentar criança maior.

?Não há razões para o desmame por que a criança possui mais de um ano. Leite materno e uma alimentação equilibrada, aliadas, garantem um ótimo desenvolvimento, sem precisar recorrer ao leite artificial em qualquer momento da fase lactente. O ato de amamentar até os dois anos não deve ser desmerecido ou julgado, mas apreciado e incentivado?, completa dra. Marisa.

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