Hora certa:
 

Atualidades

Tudo sobre o uso de células-tronco no tratamento contra o câncer de medula óssea

Especialista esclarece os principais questionamentos sobre o assunto:

O sangue contido no cordão umbilical tem a função de levar oxigênio e nutrientes essenciais da mãe para o bebê durante todo o período gestacional. Há alguns anos, esse sangue era totalmente descartado após o parto. Hoje, no entanto, inúmeras pesquisas buscam identificar como as células-tronco, presentes no sangue do cordão umbilical, podem ajudar a salvar vidas.

Segundo o hematologista Dr. Nelson Tatsui, as células-tronco do sangue de cordão umbilical são utilizadas há muitos anos para substituir o transplante com células provenientes da medula óssea no tratamento de leucemia, linfoma e algumas enfermidades imunológicas. “Essas células são usadas para recuperar o sistema imunológico e hematopoiético (que produz as células sanguíneas) de pacientes submetidos à quimioterapia e/ou à radioterapia. Nessas situações, a infusão é vital, uma vez que esses tratamentos destroem o tecido que produz sangue (células-tronco) do paciente”, explica.

Para esclarecer as dúvidas que permeiam o assunto, o hematologista responde algumas dúvidas.
 
1.       A TERAPIA CELULAR COM CÉLULAS-TRONCO PRESENTES NO SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL, APRESENTA METODOLOGIA E RESULTADOS SEMELHANTES AOS DO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA?

Apesar dos resultados serem equivalentes, o processo para obter, armazenar e disponibilizar as células-tronco do sangue do cordão umbilical é mais simplificado do que o processo que envolve a doação de medula. Ao coletar a medula óssea de um doador, realizam-se várias punções em um osso chamado de esterno e/ou em outro chamado ilíaco. Este procedimento é realizado no centro cirúrgico, sob anestesia. Porém, tem-se um processo mais complexo do que a obtenção do sangue de cordão, que não envolve nenhum método invasivo. Uma vez realizado o transplante, as células se multiplicam no organismo e substituem as células doentes em poucas semanas.

2.       NOS CASOS DE FAMÍLIA COM HISTÓRICO DE CÂNCER, É RECOMENDÁVEL O CONGELAMENTO?

Certamente. É importante destacar que as células-tronco, além de serem compatíveis com o próprio bebê, possuem uma chance aumentada de compatibilidade entre irmãos. Com as células criopreservadas, há maior rapidez no tratamento e diminuição dos riscos de rejeição e efeitos colaterais após o transplante.

3.       O SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL, RICO EM CÉLULAS-TRONCO, DEVE SER COLETADO LOGO APÓS O NASCIMENTO DA CRIANÇA?

Sim. Após a separação do bebê da mãe, a coleta ocorre de forma rápida, dura poucos. A drenagem do sangue é feita por meio de uma punção na veia umbilical do cordão e seu acondicionamento é realizado em uma bolsa contendo anticoagulante. Todo o processo de coleta deve ser concretizado com cuidados de esterilidade. O tempo de transporte entre a coleta e o processamento deve ser no máximo de 48 horas.

4.       QUAIS AS FORMAS DE APLICAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO?

A terapia celular possibilita duas possíveis formas de aplicação de células-tronco. Uma delas é o transplante autólogo, no qual as células (do próprio paciente), previamente armazenadas, são utilizadas. Já no transplante alogênico, as células são provenientes de outro indivíduo.

5.       É POSSÍVEL COLETAR CÉLULAS-TRONCO DE PREMATUROS OU EM PARTOS DE EMERGÊNCIA?

Sim, é possível. O procedimento poderá ser realizado a partir de 32 semanas de gestação, conforme descrito na legislação que rege o funcionamento dos bancos de cordão umbilical e placentário. No caso dos partos de emergência, em todas as cidades que possuem enfermeiros treinados. O médico que fará o parto também poderá coletar as células-tronco. Por ser um procedimento simples, também pode ser facilmente executado por um médico assistente. De forma geral, a coleta é sempre realizada com autorização da mãe ou dos pais.

6.       UMA VEZ DOADO, O SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL PODERÁ SER UTILIZADO PELA FAMÍLIA A QUALQUER TEMPO?

No caso de doação, o sangue ficará armazenado em uma unidade do banco público da rede BrasilCord à espera de um paciente compatível portador de uma doença hematológica grave. Nesse caso, a família não poderá reivindicar o sangue de cordão, uma vez que foi doado. No sistema privado, a família paga pelo serviço de coleta e armazenamento do cordão, ficando assim, disponível para o próprio bebê e para potencial uso na própria família.
 

Artigos

ver tudo

Banner Snifbrasil

kupi kvadrat


UPpharma on-line: publicação dirigida a médicos, prescritores e profissionais da saúde


(11) 5533-5900 – uppharma@uppharma.com.br
O conteúdo dos artigos assinados no site e no boletim UPpharma on-line é de responsabilidade de cada um dos autores. As opiniões neles impressas não refletem, necessariamente, a posição desta Editora.
Não é permitida a reprodução de textos, total ou parcial, sem a expressa autorização da DPM Editora.
Informações adicionais poderão ser solicitadas pelo e-mail uppharma@uppharma.com.br . Qualquer dúvida, ou dificuldade de navegação, poderá ser atendida pelo serviço de suporte UPpharma on-line pelo e-mail: uppharma@uppharma.com.br

Seu IP: 18.97.9.168 | CCBot/2.0 (https://commoncrawl.org/faq/)