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ENTREVISTA: ESPECIAL DIA DO MÉDICO - DR. LUIZ EDUARDO BETTARELLO - SUPERINTENDENTE MÉDICO DO SAMARITANO

Há mais de 100 anos, o Hospital Samaritano de São Paulo destaca-se pela excelência e humanização no atendimento à saúde. Com investimentos contínuos em várias frentes e, mais recentemente, com o projeto de expansão de sua área física, que irá resultar na construção de um novo complexo com mais de 30 mil m2, o Samaritano conta hoje com um corpo clínico de 1.306 médicos, que atende em todas as especialidades.
Desde 2008, o Samaritano também é considerado um dos hospitais de excelência pelo Ministério da Saúde, participando de projetos nas três esferas do poder público: federal, estadual e municipal.
Na semana em que se comemora o Dia do Médico, decidimos prestar uma homenagem aos profissionais que fazem do Samaritano uma referência na área de saúde e, ao mesmo tempo, revelar um pouco mais da trajetória de sucesso do hospital, entrevistamos o Superintendente Médico do Samaritano, o cardiologista Dr. Luiz Eduardo Bettarello, que falou sobre as últimas conquistas e realizações da instituição.
 
O Hospital Samaritano é referência na área de saúde no Brasil. Quais os principais diferenciais da instituição?
Dr. Luiz Eduardo – Um dos grandes diferenciais do Hospital Samaritano é a acreditação pela Joint Commission International (JCI), obtida pela instituição em 2004. Tal certificação atesta a eficiência dos processos adotados pelo Samaritano, demonstrando padrões de excelência e segurança para clientes e profissionais que atuam no Hospital, além de ampliar o diferencial de qualidade.
O Hospital Samaritano foi o terceiro hospital geral privado do Brasil a ser reconhecido nacional e internacionalmente pelo mais importante órgão certificador de padrões de qualidade das instituições de saúde no mundo.
Além disso, o Hospital possui algumas características que o diferenciam tanto em suas atividades internas, quanto externas. Hoje, somos referência em pediatria, em alguns procedimentos cirúrgicos, entre os quais podemos citar as cirurgias de implante coclear, também conhecido como ouvido biônico, indicado para pessoas que perderam a audição, e em transplante renal infantil.
Ainda na área infantil, o Samaritano também se destaca em cirurgia neonatal, sendo referência em transplante de medula óssea no Brasil.
No âmbito externo, desde 2008, o Samaritano é reconhecido pelo Ministério da Saúde como Hospital de Excelência. Com isso, temos participado de vários projetos nas áreas federal, estadual e municipal, que envolvem desde a criação e o gerenciamento de indicadores de qualidade de hospitais públicos e maternidades, até pesquisas clínicas em diversos setores.
Um dos programas de grande sucesso e motivo de grande orgulho para a instituição é o Projeto de Atenção ao Adolescente com Dependência Química – Projeto Jovem Samaritano, criado pelo Samaritano em 2009, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, que atende gratuitamente adolescentes dependentes de álcool e drogas. Baseado em um modelo norte-americanobem-sucedido, o Projeto disponibiliza tratamento para jovens de 14 a 18 anos, que têm a possibilidade de ficar internados por períodos de um a três meses e, posteriormente, são convidados a participar de um acompanhamento pós-tratamento com profissionais da instituição.
 
Quais o senhor considera as mais recentes inovações do Hospital? E as maiores conquistas nos últimos anos?
Uma das principais inovações do Samaritano foi a implantação, há um ano, de um novo sistema de gestão hospitalar (Tasy). A ferramenta é uma solução completa que fornece aos gestores uma visão global e integrada da organização. Com o sistema, todas as informações médicas assistenciais e administrativas ficam registradas eletronicamente, permitindo mais eficiência em gestão com processos padronizados, confiabilidade na geração dos dados e maior qualidade nos controles.
Especificamente na área assistencial, o sistema possibilitou uma quebra de paradigma, uma vez que proporcionou ao médico trabalhar com prontuário eletrônico, ou seja, toda e qualquer informação a respeito do paciente está dentro do sistema, eliminando o uso do papel e a utilização dos dispositivos móveis à beira do leito. Essa mudança, além de tornar os processos assistenciais mais ágeis e confiáveis, disponibiliza as informações de forma online, gerando assim indicadores de gestão da produção assistencial.
Já em relação às conquistas da instituição, temos alcançado vários feitos. Entretanto, acredito que um dos mais importantes foi a acreditação pela Joint Commission International (JCI), obtida em 2004. Tivemos uma recertificação em 2007 e estamos nos preparando para uma nova avaliação em 2010.

Como o Hospital está se preparando para essa nova avaliação da JCI?
A cada três anos, a Joint Commission International procede a uma avaliação dos hospitais certificados, por meio da qual é realizado o rastreamento de toda a passagem do paciente na instituição, desde a internação e a forma como foi feita a assistência até exames solicitados etc.
Para tanto, temos um setor que atua para garantir que todas as diretrizes traçadas pela JCI sejam cumpridas diariamente. Trata-se da Coordenação da Qualidade, composta por médicos e enfermeiros, que verificam a qualidade do prontuário assistencial. Esse grupo está permanentemente em contato com as diversas instâncias clínicas no sentido de garantir a qualidade e a segurança da assistência.

Hoje, a preocupação com a redução dos índices de infecção hospitalar se faz cada vez mais presente nos hospitais.Quais as principais ações do hospital nesse campo?
Felizmente, o Samaritano tem os mais baixos índices de infecção hospitalar do País. Para isso, mantemos uma comissão que atua diretamente nessa área, composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem etc. Esses profissionais agem em conjunto com o núcleo de epidemiologia do Hospital, realizando a busca ativa de infecções em procedimentos e cirurgias.
Essa busca ativa contempla, inclusive, os pacientes que receberam alta. Por meio de contato telefônico, o Hospital procura se certificar do estado geral e saúde dessas pessoas.
Na verdade, a Comissão de Controle de Infecção Hospital do Samaritano trabalha na vigilância, mas, principalmente, na educação continuada e na disseminação de boas práticas junto aos profissionais da instituição. Portanto, além de investigar a causa de eventuais problemas, também atuamos em outras frentes, mostrando para os médicos e enfermeiros quais os procedimentos necessários para se evitar um processo infeccioso. Quando necessário, mudamos, inclusive, protocolos e normas internas. Essa preocupação não se restringe somente aos médicos e enfermeiros, mas contempla todos os colaboradores, como a equipe de limpeza, e até mesmo os acompanhantes.

O Hospital também é reconhecido pela alta capacitação de seu corpo médico. Por meio do ICEP, o Hospital pretende estabelecer parcerias com universidades e instituições para residência médica, cursos e programas de aprimoramento. Já existe algo de concreto nessa área?
Hoje, temos um acordo com a PUC-SP, por meio da qual oferecemos estágio nas áreas de psicologia, fonoaudiologia, enfermagem e nutrição. Também já está formatado, com a Escola Médica da PUC, um programa de estágio para os alunos da Faculdade de Medicina de Sorocaba (SP) em cinco áreas diferentes, para as quais oferecemos a estrutura adequada (anestesia, cardiologia, imagem, nefrologia infantil e unidade de terapia intensiva).
Já na área de pós-graduação, temos programas na área de anestesia, em parceria com o serviço de anestesia do Hospital Sírio-Libanês. Também já entramos com pedido no MEC para criação da residência médica no serviço de imagem, que envolve radiologia, tomografia, ressonância e ultrassonografia.
A preocupação com a formação de nossas equipes técnicas também contempla a enfermagem. Temos uma divisão de assessoria científica para enfermagem que visa capacitar esses profissionais. Hoje, o Samaritano conta com vários enfermeiros com pós-graduação, doutorado e outras especializações, o que garante um serviço assistencial de maior qualidade.

Quais são os planos do Hospital para os próximos anos?
Nossa principal meta no momento é concluir as obras para ocupação do novo complexo, que terá área total de 32 mil m² e 19 andares. Seguindo o conceito de construção sustentável, a obra consumirá investimentos de R$ 123 milhões em projetos, equipamentos e instalações.
Atualmente, as atuais instalações da instituição têm por volta de 30 mil m2. Portanto, iremos mais do que dobrar a área física. A capacidade instalada de assistência hospitalar deve crescer também cerca de 50%, uma vez que uma boa parte do novo complexo objetiva acomodar setores que já necessitavam de maior espaço para atendimento, ou seja, estaremos adequando algumas áreas, como, por exemplo, o pronto-socorro, que é hoje referência, porém, tem uma demanda crescente e necessita de expansão. Posteriormente, avaliaremos outras possibilidades para novas readequações e melhoria dos serviços.
 Também já iniciamos o projeto de elaboração de nosso planejamento estratégico para os próximos dez anos, que contemplará ações tanto em nível interno quanto externo. Tudo isso primando pelo nosso maior valor, que é a busca contínua da humanização de nossos serviços. Para o Samaritano, humanização é tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Esse é o nosso lema. E procuramos praticar isso não somente junto a nossos clientes, como também junto aos nossos colaboradores, de modo que o Samaritano seja sempre referência em serviços de saúde e um local saudável e agradável para se trabalhar.
 
 

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