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JOVENS DIABÉTICOS COMO NICK JONAS, DA BANDA JONAS BROTHERS, ADEREM A ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL E ULTRAPASSAM BARREIRAS
O diabetes tipo 1 se manifesta ainda na infância, mas se for bem controlada não impede que o jovem alcance seus objetivos. De modo geral, os casos de diabetes têm crescido 3% ao ano entre crianças e adolescentes.
Diante da energia e do bom humor esbanjado pelo astro pop, Nick Jonas, integrante de uma das bandas de maior sucesso entre os jovens, a Jonas Brothers, que já declarou que possui diabetes Tipo 1, fica claro que a doença – que hoje atinge 250 milhões de pessoas no mundo – não é motivo para deixar de lado os sonhos e objetivos de vida. A incidência geral do diabetes tem crescido a taxas de 3% ao ano entre crianças e jovens. O aumento de casos está diretamente relacionado ao avanço da obesidade e a disseminação de hábitos pouco saudáveis como sedentarismo e má alimentação.
A manifestação tipo 1 da doença – também conhecida como “diabetes juvenil” – é produzida por uma reação autoimune do organismo contra as células que produzem a insulina, que é responsável por sintetizar a glicose e, por isso, é essencial seu controle diário.
De acordo com o médico mineiro Levimar Rocha Araújo, coordenador da Clínica de Endocrinologia e Metabologia do Hospital Universitário São José (Belo Horizonte/MG), “no diabetes tipo 1, como o paciente necessita de doses frequentes de insulina, o monitoramento precisa ser mais intenso, sendo realizado em média cinco vezes ao dia”, explica o Dr. Levimar. “Fazer o monitoramento glicêmico corretamente, exame conhecido como ‘ponta de dedo’, é fundamental para manter o equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue e para garantir a qualidade do tratamento”.
Dúvidas são comuns quando se fala sobre o dia a dia de uma criança ou um adolescente diagnosticado com diabetes tipo 1, doença popularmente chamada de “diabetes juvenil”.
Confira o que diz o Dr. Levimar Rocha Araújo e veja como as informações a seguir podem ser úteis para os pacientes.
Como a descoberta da doença afeta a vida dos jovens?
Dr. Levimar Rocha Araújo - Quando uma criança ou adolescente se descobre diabético, não apenas ele, mas também toda a família, acaba vivenciando as dificuldades de adaptação na rotina que a doença exige. É preciso mais tempo do que o de uma simples consulta médica para que esses indivíduos possam entender melhor sua doença e compreender que é perfeitamente possível conviver bem com o diabetes.
O diagnóstico do diabetes traz mudanças drásticas na vida dos jovens?
Dr. Levimar – Uma das principais dificuldades enfrentadas por jovens diabéticos é se acostumar com sua nova rotina. Além do apoio da família, que facilita a aceitação da doença, é essencial que o adolescente busque informações sobre o problema e interaja com outros que possuem a mesma doença. Dessa forma, o jovem terá outra visão do diabetes, ao permitir que o problema seja encarado como algo comum em sua vida.
A partir de que idade a criança que tem diabetes já pode cuidar de sua própria rotina?
Dr. Levimar - A partir dos quatro anos de idade, a criança com diabetes já pode começar a fazer a aplicação de insulina. Quanto mais cedo o paciente se tornar responsável pelo próprio tratamento, mais consciente e independente será no futuro. O maior nível de conhecimento e aceitação da doença está relacionado ao melhor controle metabólico e, consequentemente, a uma melhora da qualidade de vida do diabético.
Qual a importância do controle da glicemia para os diabéticos do tipo 1?
Dr. Levimar - Devido a deficiência na produção de insulina, característica do diabetes tipo 1, esses pacientes necessitam da administração de doses diárias do hormônio. Nesse contexto, fazer o monitoramento glicêmico corretamente é fundamental para manter o equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue e para garantir a qualidade do tratamento, pois os resultados do exame de glicemia capilar (ponta de dedo) servem para balizar a quantidade de insulina em cada aplicação. Além disso, a rotina de monitorização permite que o médico avalie se o paciente está com a glicemia sob controle, ou seja, se o tratamento está sendo eficaz.