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Câncer colorretal: saiba como evitar a doença que atinge 40 mil pessoas por ano no Pais
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Especialista do hospital HSANP* explica que hábitos saudáveis, o diagnóstico precoce e o tratamento correto podem evitar o desenvolvimento da neoplasia Quase sempre desenvolvido a partir da presença de pólipos benignos no intestino grosso, o câncer colorretal é o terceiro tipo de neoplasia mais incidente em nosso país. Segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 40 mil novos casos são registrados todos os anos, sendo que 30% ocorrem devido a fatores comportamentais como má alimentação, tabagismo e inatividade física.
“O câncer colorretal é um tumor maligno que afeta as regiões do reto ou do cólon e ocorre quando as células presentes na porção interior do intestino grosso começam a se multiplicar de forma diferente uma das outras, dobrando de tamanho e se inflamando”, explica Ricardo Gomes Camacho, gastroenterologista do HSANP, hospital referência na Zona Norte da cidade de São Paulo (SP).
Prevenção O especialista alerta que esse é um tipo de câncer que pode ser evitado com hábitos saudáveis, com uma alimentação balanceada rica em fibras, a ingestão de água e a prática regular de exercícios físicos. “É sempre bom evitar o uso de álcool e cigarro, que são duas das principais causas de câncer colorretal”, aponta ele.
Desde 2010, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia indica que pessoas com mais de 50 anos realizem, a cada dois anos, exame de toque retal e colonoscopia. Em caso de aparição de sintomas, é fundamental procurar um médico especializado, como gastroenterologista, cirurgião geral ou coloproctologista.
Sintomas De acordo com Camacho, o câncer colorretal não apresenta sintomas em até 90% dos casos precoces, mas pode ser identificado por meio de exames de rotina, especialmente em pessoas com mais de 50 anos. “Como normalmente surge a partir de pólipos não cancerígenos, ele pode não deixar sinais claros no corpo. Por isso, o melhor caminho para prevenir o desenvolvimento dessa neoplasia é a apuração junto a um médico de antecedentes pessoais e familiares, seguido de exames físicos capazes de encontrar os primeiros sintomas”, pontua.
Os sintomas podem variar de acordo com o tamanho e a exata localização do tumor. No entanto, os mais comuns são: aparição de muco ou sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal, com alternação entre diarreia e prisão de ventre; dor e desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (muito finas e compridas); e tumoração abdominal. “O passo seguinte para um diagnóstico mais preciso é a realização de exames complementares, como raio-X de abdômen, colonoscopia com biópsia de pólipo ou massa na luz do intestino e tomografia computadorizada de abdômen com contraste, que consegue mostrar a obstrução ou a redução da luz intestinal e edemas na parede do cólon”, aponta Camacho.
Tratamento Após o diagnóstico do câncer colorretal, o tratamento é iniciado com uma cirurgia para remoção do pólipo suspeito e, em casos avançados, por retossigmoidectomia (procedimento que retira uma parte do reto e do cólon para fazer a reconstrução primária do intestino). “A quimioterapia é uma alternativa indicada para os casos em que o tumor já é invasivo e, nas situações mais graves, pode ser realizada até mesmo antes das cirurgias, em um tratamento conhecido como quimioterapia neoadjuvante”, afirma o especialista do HSANP. “Já a radioterapia localizada só é realizada em casos específicos, em que a doença orificial do intestino e do ânus”, complementa.
* HSANP - Hospital referência na Zona Norte da cidade de São Paulo, tem como missão ser assertivo com práticas humanizadas, promovendo a melhor experiência e resultados no cuidar de pessoas.