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Imunização do paciente com diabetes necessita atenção
“Muitas pessoas com diabetes desconhecem que a doença traz mais riscos de infecções, o que aumenta as chances de complicações e mortalidade. E essas pessoas sequer sabem que existem vacinas, especialmente, para muitas das infecções bacterianas e virais”, alerta Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista da Escola Paulista de Medicina, Unifesp.
Entre as infecções que mais acometem pessoas com diabetes está a respiratória: pneumonia, influenza e Sars-CoV-2. E quanto mais idade tem a pessoa com diabetes, menor o grau de imunidade e de resposta imunológica. “Esses indivíduos devem seguir o calendário e idades indicadas para vacinação. Nos adultos, ressalto, especialmente, a vacina contra a herpes-zoster, a hepatite B e a pneumonia, já que o diabetes os coloca num grupo de maior risco para tais doenças”, explica a médica que também é diretora da Clínica Croce, centro de infusão e de vacinação para todas as idades.
A endocrinologista conta que antes de indicar uma vacina para esse tipo de paciente, é necessário observar: qual estágio ele está no diabetes e qual o tipo de vacina indicar, para que seja possível entender se não há nenhuma contraindicação (no caso de vírus vivo) e como será a resposta imunológica à vacina (para vacinas com vírus inativado).
As vacinas especialmente recomendadas para a pessoa com diabetes são:
- Influenza (preferencialmente a quadrivalente)
- Pneumoco?cicas conjugadas (VPC10 ou VPC13)
- Pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23)
- Hepatite B
- Herpes-zoster
Um paciente com diabetes não vacinado e infectado pelo pneumococo tem mais risco de apresentar complicações como: otite, sinusite, meningite e bacteremia (presença de bactérias na corrente sanguínea).
“É importante lembrar que vacinas salvam vidas. Crianças, adultos e idosos devem sempre estar com a carteira de vacinação em dia para proteção individual contra doenças muito graves, mas, também, proteção coletiva. Crianças levam para casa doenças como pneumonia, influenza...elas carregam vários microorganismos. É fundamental a imunização em massa nas crianças para proteção indireta do adulto”, finaliza a endocrinologista.