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Estudo destaca caso de Fístula arteriovenosa após cirurgia ortognática
As fístulas arteriovenosas traumáticas (FAV) são uma comunicação anormal entre uma artéria e a veia que a acompanha, causadas por uma laceração incompleta de ambos os vasos.
As FAV raramente são relatadas após a cirurgia ortognática. Um estudo capitaneado pelo cirurgião Bucomaxilofacial Marcelo Galindo Silvares, mas que também contou com a participação de outros profissionais da área, trouxe um relato de um desses casos.
"O caso é de uma paciente, sexo feminino, 38 anos, que apresentava deformidade dentofacial de Classe III e assimetria facial, e desenvolveu uma FAV envolvendo a artéria esfenopalatina, após osteotomia Le Fort I para avanço maxilar e uma osteotomia sagital do ramo, bilateral, para corrigir a assimetria", inicia o estudo.
"Não houve sangramento persistente durante a cirurgia e não havia necessidade de controle de sangramento por clips vasculares ou ligadura da artéria", emenda.
Segundo o médico, no estudo, décimo oitavo dia de pós-operatório, a paciente foi admitida no serviço de emergência do hospital onde havia sido operada, com epistaxe anterior e posterior.
"No intuito de controlar a hemorragia persistente, foi realizado tamponamento nasal anterior e posterior, bilateral, sem sucesso", diz outro trecho da publicação.
Galindo finaliza afirmando que a embolização seletiva bilateral dos ramos esfenopalatinos das artérias maxilares internas foi realizada com sucesso para controle do sangramento. "O tratamento das FAV do sistema carotídeo externo inclui a excisão cirúrgica, ligadura da carótida externa e embolização transarterial, que pode ser realizada facilmente em lesões cirurgicamente inacessíveis, com risco muito baixo e morbidade mínima", explica.