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Setembro Vermelho: mitos e verdades sobre doenças do coração

O Setembro Vermelho e o Dia Mundial do Coração, comemorado no dia 29/09, são ações de conscientização para a prevenção de doenças cardiovasculares, responsáveis por mais de 30% das mortes no país, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Segundo a entidade, há 14 milhões de pessoas com cardiopatias e, a cada 40 segundos, uma delas morre no Brasil devido a essas condições.

Como é fundamental conhecer e difundir informações confiáveis sobre as doenças cardiovasculares, o Dr. Gustavo Campana, Vice-Presidente Médico Alliança Saúde, reuniu algumas questões importantes para esclarecimento da população, desmistificando mitos e apontando verdades sobre essas condições tão comuns e fatais no Brasil e no mundo:
 
1. Doenças do coração só acometem pessoas com mais de 50 anos - MITO

É fato que após os 50 anos doenças cardiovasculares são mais comuns, porém essas condições estão associadas a todas as fases da vida, seja por questões relacionadas a outras doenças, como hipertensão e diabetes, ou até fatores hereditários e de má formação. "Logo, é necessário se cuidar durante toda a vida e marcar check-ups médicos com frequência. A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda consultas anuais a partir dos 45 anos para homens e 50 anos para mulheres, porém pessoas com sintomas de alerta, predisposição genética e problemas de saúde como diabetes e hipertensão devem iniciar os exames diagnósticos mais cedo", aponta o médico.

2. Podemos infartar sem perceber - VERDADE

O infarto agudo do miocárdio pode acontecer sem nenhum sintoma discernível, o que reforça o alerta para os cuidados frequentes com a saúde do coração e o acompanhamento médico. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, verifica-se de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto e, a cada 5 a 7 ocorrências, um óbito.

3. Mulheres não sofrem tanto de doenças cardiovasculares como os homens - MITO

Segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte para mulheres também e não só para os homens. As doenças, de fato, aparecem mais tarde nas mulheres do que nos homens devido a uma proteção hormonal. As mulheres, porém, têm 50% mais chances de morrer devido a um infarto se comparado aos homens.

4. Apenas o histórico médico e o exame físico são suficientes para saber se há algum problema cardiovascular - MITO

Esses dois elementos costumam ser usados para realizar uma avaliação inicial. No entanto, hoje em dia há uma série de exames para detectar problemas cardiovasculares que são muito utilizados e prescritos pelos médicos especialistas. Desde os não invasivos, como tomografias, eletrocardiograma, ressonância magnética e o teste de esforço, até exames minimamente invasivos, como a angiografia e o cateterismo.

"Além disso, exames de análises clínicas, muitas vezes solicitados em consultas de rotina, podem ser importantes indicativos para um melhor direcionamento médico. O lipidograma, também conhecido como perfil lipídico, tem como objetivo verificar a quantidade de LDL, HDL, VLDL, triglicerídeos e colesterol total, e é solicitado para identificar o risco de doenças do coração, entre outras condições", explica Dr. Campana.

5. Depois de infartar não podemos mais praticar exercícios físicos - MITO

Não só o paciente pode, como deve praticar exercícios físicos após sofrer um infarto, desde que seja orientado e acompanhado por um médico. A atividade física é elemento fundamental do tratamento e prevenção de doenças cardíacas.

6. Bebidas alcóolicas e energéticos podem causar problemas cardíacos - VERDADE

A arritmia cardíaca pode ser induzida pelo consumo de bebidas alcoólicas e energéticos que, quando combinados, provocam irritação no músculo do coração. A toxicidade do álcool também é potencializada pelo energético, aumentando a pressão arterial."Alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas, evitar o consumo de álcool e o tabagismo são pontos fundamentais para prevenir fatores de risco e ter uma boa qualidade de vida. Manter a saúde em dia, com acompanhamento médico adequado, também deve ser prioridade", completa o médico.

 

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