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Mortes por HIV ou aids caem 8,5% no Brasil em 10 anos, segundo Ministério da Saúde
Entre 2012 e 2022, houve uma redução de 25,5% no índice de mortalidade por aids no Brasil, que passou de 5,5 para 4,1 mortes por 100 mil habitantes. Em 2022, o país registrou 10.994 mortes tendo HIV ou aids como causa básica, uma queda de 8,5% em comparação com as 12.019 mortes registradas em 2012. As informações são do último Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids divulgado pelo Ministério da Saúde. Com a chegada do carnaval, a pasta destaca que a população deve se divertir, mas continuar atenta em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Segundo o Ministério da Saúde, o HIV é a sigla em inglês para o Vírus da Imunodeficiência Humana, a infecção causadora da aids. Pessoas que vivem com esse vírus e não estão em tratamento podem transmiti-lo a outras pessoas por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não são tomadas as devidas medidas de prevenção.
O coordenador-geral de Vigilância de HIV, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Artur Kalichman, explica que a pasta trabalha em conjunto com estados e municípios para prevenir a infecção pelo HIV, por meio da prevenção combinada.
“Quando a gente fala dessa prevenção combinada, é claro, inclui-se o preservativo. Tanto a camisinha interna, quanto externa, protege não só do HIV como de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, [como] sífilis, gonorreia, clamídia. Então no pacote da prevenção combinada, a camisinha continua tendo um papel fundamental. Mas a gente sabe que nem todo mundo consegue, ou pode usar camisinha o tempo todo. Então, a gente tem nessa linha da prevenção combinada outras estratégias”, informa.
Renato Guimarães, responsável pela comunicação do Unaids no Brasil, também afirma que a prevenção combinada é “fundamental”. “Hoje em dia existem outros métodos combinados de prevenção do HIV, como a Profilaxia Pré-Exposição, que são comprimidos que a pessoa toma, caso ela tenha relações que podem criar riscos de infecção. Ou a PEP, que é a Profilaxia Pós-Exposição de Risco, que a pessoa toma caso tenha tido alguma exposição ao risco do HIV”, informa.
Entre os avanços conquistados em 2023 pelo Ministério da Saúde, está a disponibilização da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) nos ambulatórios que acompanham a saúde de pessoas trans. Em todos os estados há serviços de saúde ofertando a PrEP.
O Ministério da Saúde investiu R$ 27 milhões no último ano para adquirir testes rápidos capazes de detectar sífilis e HIV em um único dispositivo. Segundo o coordenador-geral de Vigilância de HIV, Aids e Hepatites Virais, o Brasil também incorporou e continua incorporando novos medicamentos.
“Hoje são poucos comprimidos. Nós estamos incorporando formulações que tem duas drogas num único comprimido. Dependendo da situação, em vez da pessoa ter que tomar três drogas, já existem drogas potentes o suficiente para serem um tratamento com só duas drogas, em um único comprimido”, ressalta. Atualmente, existem 22 medicamentos antirretrovirais. A lista completa está disponível no portal do Ministério da Saúde.
Renato Guimarães, do Unaids no Brasil, explica que caso o vírus do HIV não seja controlado, pode afetar e destruir as células que fazem parte do sistema imunológico, ou seja, células que protegem o corpo de outras doenças. Guimarães afirma que quando uma pessoa descobre a infecção pelo HIV, deve iniciar o tratamento imediatamente com medicamentos antirretrovirais, que são disponibilizados pelo SUS. Dessa forma, o vírus fica controlado no corpo, a infecção não evolui para aids, e assim, quem foi infectado pode ter uma vida saudável.
Sintomas
Quando ocorre a infecção pelo HIV, os sintomas iniciais são semelhantes aos de uma gripe, como febre e mal-estar, muitas vezes passam despercebidos, contribuindo para a dificuldade de detecção.
Diagnóstico
A identificação da infecção pelo HIV é realizada por meio da coleta de sangue ou fluido oral. No Brasil, estão disponíveis exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos, realizados gratuitamente pelo SUS. As informações são do Ministério da Saúde.
Fonte: Brasil 61