Hora certa:
 

Noticias

Estudo indica que alguns fármacos usados para tratar diabetes ajudam a prevenir demência

A diabetes é uma condição crônica que afeta o metabolismo da glicose, gerando níveis elevados de açúcar no sangue. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 6,9% da população do Brasil sofre da doença atualmente, o que mostra a necessidade de mais estudos sobre a patologia.

As novas pesquisas sobre a doença têm ajudado a compreender melhor a sua formação e impactos na saúde do paciente, incluindo a sua relação com demências e disfunções cognitivas.

Diabetes e demência: Há causalidade?

O novo estudo “Diabetes e demência: Como alguns fármacos para tratar diabetes reduzem o risco de demência”, publicado na revista científica Cuadernos de Educación y desarrollo pelo Neuro-Ortopedista, Dr. Luiz Felipe Carvalho, em parceria com a especialista em Nutrologia Dra. Rosany de Sales e o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, explora a relação entre demência e diabetes.

“Existem diversos estudos que apontam uma relação entre a diabetes e a demência, mostrando também que quanto mais longa for a duração da doença, maiores são os riscos de comprometimento cognitivo”.

“Estudos têm indicado uma relação epidemiológica entre a presença de diabetes tipo 2 e disfunções cognitivas, que podem variar desde um leve comprometimento à demência, com um risco aumentado em relação ao tempo que se tem a doença, impacto que pode ter relação com fatores como a resistência à insulina, hiperglicemia, desregulação energética e neuroinflamação”, explica.

“Além disso, a diabetes tipo 2 gera perdas de memórias em cerca de 10% dos indivíduos que sofrem com a doença e é considerada um risco para demência vascular, doença de Alzheimer, comprometimento cognitivo leve e demência mista, mas ainda é necessário detalhar melhor os fatores envolvidos nessa relação”, ressalta Dr. Luiz Felipe Carvalho.

Impacto dos fármacos antidiabéticos na redução do risco de demência

Ainda segundo o estudo, alguns medicamentos usados tradicionalmente para tratar diabetes também podem ajudar a prevenir a demência, explica Dr. Luiz Felipe Carvalho.

“Um dos fatores mais indicados na relação diabetes-demência é o mal controle glicêmico e episódios de hipoglicemia severa, mas declínios também podem ser notados ainda no estágio pré-diabético”.

“Alguns medicamentos, por exemplo, foram associados à redução do risco de déficits cognitivos, por exemplo, a sulfonilureia, com redução de 12% no risco de demência por todas as causas, mas aumento de 14% do risco de demência vascular em comparação com a monoterapia com  metformina. Enquanto isso, a monoterapia  com  tiazolidinediona apresentou redução de 22% do risco de demência por todas as causas, 11% no risco de Alzheimer e 57% no risco de demência vascular”.

“Os resultados de estudos clínicos sobre medicamentos antidiabéticos e demência são variados, mas ressaltam a necessidade de pesquisas mais amplas e de longo prazo”, explica o Dr. Luiz Felipe Carvalho.


REFERÊNCIAS:

DIABETES e demência: como alguns fármacos para tratar diabetes reduzem o risco de demência. Cuadernos de Educación y Desarrollo, [s. l.], 22 ago. 2023. DOI https://doi.org/10.55905/cuadv15n8-032. Disponível em: https://ojs.europubpublications.com/ojs/index.php/ced/article/view/1633. Acesso em: 23 jan. 2024.

UPpharma on-line: publicação dirigida a médicos, prescritores e profissionais da saúde


(11) 5533-5900 – uppharma@uppharma.com.br
O conteúdo dos artigos assinados no site e no boletim UPpharma on-line é de responsabilidade de cada um dos autores. As opiniões neles impressas não refletem, necessariamente, a posição desta Editora.
Não é permitida a reprodução de textos, total ou parcial, sem a expressa autorização da DPM Editora.
Informações adicionais poderão ser solicitadas pelo e-mail uppharma@uppharma.com.br . Qualquer dúvida, ou dificuldade de navegação, poderá ser atendida pelo serviço de suporte UPpharma on-line pelo e-mail: uppharma@uppharma.com.br

Seu IP: 3.239.3.196 | CCBot/2.0 (https://commoncrawl.org/faq/)