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Hormônios femininos podem ser a causa do lipedema
Caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços, o lipedema causa dor ao toque, inchaço, dificuldade de locomoção e autoestima baixa. Frequentemente é subdiagnosticado e confundido com obesidade. O lipedema pode acontecer por diversos fatores e entre eles está o hormonal.
A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato conta que os hormônios podem influenciar significativamente o desenvolvimento e a progressão do lipedema, particularmente os hormônios sexuais femininos, como estrogênio e progesterona.
“O lipedema afeta mais de 10% das mulheres, e muitos casos surgem ou se agravam durante períodos de mudanças hormonais, como a puberdade, gravidez e menopausa”, explica Dra. Lorena. Segundo a endocrinologista, mulheres com lipedema podem apresentar resistência à insulina, um fator que pode exacerbar a inflamação e o acúmulo de gordura.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do lipedema é clínico, baseado na história médica e no exame físico. No entanto, exames hormonais e metabólicos realizados por endocrinologistas podem ser essenciais para diferenciar o lipedema de outras condições e identificar possíveis desequilíbrios hormonais ou metabólicos.
“Exames de sangue para medir níveis de hormônios podem ajudar a identificar desequilíbrios que contribuem para os sintomas do lipedema”, alerta Dra. Lorena.
O tratamento do lipedema exige abordagem multidisciplinar. Endocrinologista trabalha em conjunto com outros especialistas, como cirurgião vascular, cirurgião plástico e fisioterapeuta, para fornecer um tratamento integrativo.
As opções de tratamento podem incluir medicamentos, suplementos e vitaminas, dieta, fisioterapia, drenagem linfática, uso de meias compressivas e controle do peso. Quando nenhuma medida clínica apresentou mudanças, ou apresentou mudanças parciais, preferencialmente com estabilização dos sintomas, pode ser recomendado a realizado da lipoaspiração, técnica cirúrgica para remover o excesso de gordura.