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Estudo indica que ansiedade aumenta risco de demência

Ansiedade é a resposta natural do corpo ao estresse, mas ela se torna patológica quando é excessiva e interfere na vida cotidiana, causando sintomas como insônia e irritabilidade, exigindo intervenção profissional para tratamento. 

Ela tem sido um dos grandes problemas atuais, de acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde - o Brasil é líder mundial de transtornos de ansiedade e segundo um levantamento do Covitel 2023, 26,8% dos brasileiros já receberam um diagnóstico de ansiedade. No entanto, ela pode causar mais impactos do que os tradicionalmente citados, é o que afirma um estudo recente realizado pela Universidade de Newcastle, na Austrália, que aponta a ansiedade como um fator de risco para desenvolver demência.

Resultados do estudo

O estudo australiano foi realizado com 2.132 pessoas acima de 60 anos e acompanhou os participantes por cerca de 10 anos, avaliando os níveis de ansiedade no início e após cinco anos. Os resultados mostraram que ansiedade crônica ou recente aumentava o risco de demência em 2,8 a 3,2 vezes, especialmente em indivíduos diagnosticados antes dos 70 anos. Aqueles que resolveram a ansiedade não tiveram risco maior de demência.

O que explica a relação?

De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo, a ansiedade estimula comportamentos de risco para o desenvolvimento de demências, o que é reforçado pelo médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento.

“A ansiedade crônica é um fator de risco para desenvolver demências pois tem o poder de levar a hábitos prejudiciais, como o vício em álcool e cigarro, para aliviá-la, o que aumenta o risco de ter doenças neurodegenerativas no futuro”.

“Isso também acontece com a "fome emocional" fazendo com que as pessoas comam de forma descontrolada em crises de ansiedade, que também desregula hormônios do estresse, afetando o cérebro no longo prazo, ou seja, a ansiedade leva a um estilo de vida nocivo à saúde do cérebro”, explica.

 

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