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Menos de 40% dos homens realizou exames de próstata em 2023
Mês dedicado à saúde do homem, o Novembro Azul é uma campanha mundial de conscientização acerca do câncer de próstata, o segundo tipo de câncer que mais acomete os homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A iniciativa tem grande valor social, principalmente devido a baixa adesão da população masculina. Em 2023, menos de 40% dos homens com mais de 50 anos realizaram exames de próstata. O estudo é da farmacêutica Apsen em parceria com as seccionais da Sociedade Brasileira de Urologia no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Além disso, segundo um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 46% dos homens acima dos 40 anos vão ao médico somente quando apresentam algum sintoma. Os dados são alarmantes, demonstrando como os homens não têm se cuidado devidamente e nem feito exames regulares, fator que tende a ser um diferencial para a descoberta da doença.
Segundo o médico urologista, Dr. Samuel Juncal, o câncer de próstata pode ser assintomático na fase inicial e quanto mais cedo o diagnóstico, maior as chances de cura, ou seja, campanhas como o Novembro Azul são essenciais, principalmente no que tange a conscientização da realização de exames. "É muito importante que a população masculina busque se cuidar de maneira regular, Quando falamos de exames relacionados à próstata, além do toque, há também o teste de PSA, Antígeno Prostático Específico, que aumenta as chances de detecção precoce", destaca.
No Brasil, a estimativa para o triênio de 2023 a 2025 aponta que o câncer de próstata deve representar 10,2% do total de casos no país. Os dados são do estudo "Estimativa | 2023 - Incidência de Câncer no Brasil", do Ministério da Saúde junto ao Instituto Nacional de Câncer (INCA).
O especialista em urologia explica que fazer exames de maneira regular, principalmente após os 45 anos é essencial para a detecção precoce da doença. "Como o câncer de próstata pode se desenvolver inicialmente de forma assintomática, é fundamental um rastreamento regular. Muitos homens podem não perceber que têm a doença até que ela se torne mais grave, reduzindo as chances de um tratamento bem-sucedido. Portanto, a conscientização e a busca ativa por exames são essenciais para a detecção precoce e, consequentemente, para um tratamento bem-sucedido".
Por vezes, o tratamento da condição exige a realização de cirurgia. Nesse contexto, tecnologia para auxiliar procedimentos têm sido cada vez mais importantes, possibilitando a realização de cirurgias complexas de forma mais precisa e com recuperação mais rápida dos pacientes.
Com Fellowship clínico em cirurgia laparoscópica e robótica pela Universidade de Heidelberg, Alemanha, o Dr. Samuel Juncal, reforça que a tecnologia abre novas possibilidades para a medicina, melhorando a qualidade do serviço e o tempo de recuperação dos pacientes. "A utilização de braços robóticos nas cirurgias urológicas permite uma visão tridimensional e ampliada da área. Com pequenas incisões, a cirurgia robótica resulta em menos dor, menor sangramento e tempo de recuperação mais curto", pondera o médico. "Muitos homens não sabem como as cirurgias robóticas têm diminuído os efeitos colaterais de uma cirurgia. Essa informação é relevante, até para fazê-los perder o medo de se cuidar", conclui.