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Desvendando mitos e verdades da amamentação

A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses no Brasil atingiu 45,8%, segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil de 2021, refletindo um avanço significativo em relação às décadas passadas. Apesar disso, o país ainda busca alcançar as metas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que espera que, pelo menos, 50% das crianças de até seis meses sejam amamentadas exclusivamente até 2025.

Ainda assim, a amamentação é um tema que continua cercado de dúvidas e mitos, mas é unanimemente reconhecida como essencial para a saúde do bebê e da mãe. Para esclarecer as principais questões, a obstetra Paula Machado e a fonoaudióloga Jayla Borges, ambas do Hospital Mater Dei Santa Clara, explicam os benefícios, desafios e verdades sobre o aleitamento materno.

Rede de apoio

As especialistas reforçam que a adesão ao aleitamento materno se torna muito mais fácil com a ajuda de uma rede de apoio. “Precisamos envolver famílias, gestantes, avós e parceiros nesse processo. O leite materno é insubstituível em qualidade e proteção”, afirma a Dra. Paula Machado.

Vale destacar a importância do envolvimento familiar, desde trocas de fraldas até momentos para que a mãe descanse. Além disso, serviços como o banco de leite gratuito pelo SUS, disponível em Uberlândia, oferecem suporte fundamental.

Mitos comuns desmentidos

Leite fraco não existe: “O leite materno é perfeito para o bebê. No início, temos o colostro, um líquido altamente concentrado em imunidade que deveria ser tratado como diamante”, explica Dra. Paula. 

Dar complemento para dormir melhor: “Não há melatonina em fórmulas artificiais. Apenas o leite materno oferece componentes que ajudam o bebê a dormir naturalmente”, esclarece a médica. 

Preparar o seio não é necessário: “Não há necessidade de usar métodos como bucha ou vácuo no mamilo. O foco deve estar no suporte emocional e em uma dieta equilibrada para a mãe”, informa Jayla.  

Amamentação: benefícios incontáveis

Amamentar melhora a imunidade, reduz riscos de desnutrição, câncer de mama e ovário nas mães, além de estimular o desenvolvimento oral e cognitivo da criança. “Crianças amamentadas têm maior facilidade para comer, falar e menos cólicas”, destaca Dra. Paula.

Desafios e soluções

As primeiras semanas são de aprendizado para mãe e bebê. Problemas como fissuras nos mamilos podem ser evitados com orientação sobre a pega correta e avaliação de possíveis disfunções orais pelo fonoaudiólogo. “O uso de laser, por exemplo, deve ser combinado com a solução da causa do problema, como um frênulo curto ou disfunção muscular oral”, acrescenta Dra. Jayla.

Nova gravidez

Mulheres grávidas podem continuar amamentando seus filhos mais velhos sem prejuízo para o bebê que está por vir. “É um mito achar que a amamentação durante a gravidez causa problemas ao novo bebê ou ao mais velho”, conclui Dra. Paula.

Amamentar é um ato de amor e saúde. Informação, apoio e comprometimento são as chaves para superar desafios e garantir o melhor começo de vida para os pequenos.

 

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