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Hematologia e Hemoterapia reforçam compromisso com a equidade de gênero
No Mês da Mulher, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) destaca sua atuação na promoção da equidade de gênero na medicina, em especial na hematologia. Por meio do Comitê de Equidade, a entidade tem desenvolvido uma série de iniciativas para garantir maior representatividade feminina na especialidade e combater desigualdades estruturais.
A Diretora de Ações Sociais da ABHH, Dra. Violete Petitto Laforga, também representante da entidade na Comissão Nacional em Defesa dos Direitos no Trabalho da Mulher Médica da AMB (CONADEM), reforça a importância da atuação conjunta para promover mudanças concretas: "Nos últimos anos, tenho acompanhado uma transformação significativa na medicina e na hematologia, impulsionada pelo aumento de mulheres na profissão. Como Diretora de Ações Sociais da ABHH, vejo esse crescimento como uma conquista, mas também como um desafio que exige adaptação e comprometimento", diz.
Dados recentes da pesquisa "Desigualdade na Medicina: Um Olhar sobre a Hematologia", conduzida pela ABHH, mostram que, apesar das mulheres representarem cerca de 50% dos estudantes de medicina, apenas 30% ocupam cargos de liderança na hematologia. Além disso, 60% das médicas relatam enfrentar discriminação de gênero e 45% apontam a falta de mentoria como um obstáculo significativo em suas trajetórias.
Outro dado preocupante é a disparidade no financiamento para pesquisas: mulheres recebem apenas 25% dos recursos destinados à pesquisa em hematologia, limitando seu acesso a oportunidades de inovação na área. No aspecto salarial, 37,7% dos entrevistados reconhecem que há uma desigualdade nos rendimentos entre homens e mulheres.
Por outro lado, há avanços: de acordo com a Demografia Médica 2024, realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), as mulheres já representam 49,92% dos médicos do Brasil, e na hematologia, o número de profissionais femininas supera os 60%.
Neste 8 de março, a ABHH reafirma seu compromisso com a equidade e convida todos os profissionais da saúde a se engajarem nesta causa. A luta por igualdade de gênero deve ser um compromisso coletivo, implementado de forma estruturada, com ações institucionais e educacionais que promovam um ambiente mais justo e inclusivo para todas as mulheres da medicina.
"Com o apoio da ABHH, promovemos iniciativas inclusivas e discutimos ações para valorizar e respeitar todas as profissionais. Ainda há muito a ser feito, mas estamos comprometidos em construir um futuro mais igualitário e justo para as mulheres na medicina", finaliza a Dra. Violette.