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Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta sobre os efeitos do uso de Ozempic

Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta sobre os efeitos do uso de Ozempic e medicamentos semelhantes na pele 
 
Médicos dermatologistas da entidade refletem sobre o assunto em busca de conscientizar a população 
 
O uso de medicamentos como Ozempic, destinados ao emagrecimento e controle do diabetes, tem sido amplamente discutido por seus efeitos sobre a saúde geral e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) traz uma atenção especial para o impacto desses medicamentos na saúde da pele. 
 
De acordo com Dr. João Renato Gontijo, coordenador do Departamento de Medicina Interna da SBD, os medicamentos à base de semaglutida, como Ozempic, podem causar efeitos colaterais como náuseas, vômitos, diarreia, constipação e dor abdominal. 
 
“Embora os efeitos adversos mais comuns sejam gastrointestinais, em relação à pele, estudos recentes identificaram efeitos menos comuns, mas relevantes. Entre eles estão queda de cabelo (alopecia), alterações na sensibilidade da pele (como formigamento, dor ou queimação) e reações no local da aplicação subcutânea. Eventos raros foram relatados de maneira isolada como penfigoide bolhoso, vasculite leucocitoclástica e angioedema”, explica o médico dermatologista. 
 
Outro aspecto relevante abordado pelo Dr. Gontijo é o impacto da rápida perda de peso, uma das principais consequências do uso desses medicamentos. “A rápida redução de gordura corporal, inclusive na face, leva à diminuição do volume subcutâneo, podendo resultar em flacidez, rugas e aparência envelhecida”, diz ele. 
 
Ainda segundo o especialista, a perda de peso rápida e acentuada pode comprometer os níveis de nutrientes essenciais, como proteínas, vitaminas e ácidos graxos, fundamentais para a manutenção da hidratação, elasticidade e barreira cutânea da pele.
Sobre pacientes com doenças dermatológicas preexistentes, o médico destaca que embora não existam contraindicações formais, é recomendado que pacientes com histórico de doenças autoimunes cutâneas, como lúpus ou penfigoide bolhoso, sejam acompanhados pelo dermatologista, porque já foram relatados casos de reativação ou surgimento destas condições durante o uso da semaglutida. 
 
“O maior cuidado deve ser sempre em relatar qualquer alteração para o médico que prescreveu o medicamento e sempre garantir uma ingestão alimentar balanceada para suprir as necessidades básicas do nosso corpo”, relata Dr. Gontijo
 
Em relação aos cuidados dermatológicos, Dr. Daniel Coimbra, coordenador do Departamento de Cosmiatria da SBD, alerta que o uso desses medicamentos também inibe a proliferação de células-tronco adiposas. “Com isso, muitos pacientes percebem um envelhecimento acelerado, que pode ser de 5 a 10 anos, dependendo da quantidade de peso perdido e de fatores individuais, como genética e exposição a fatores ambientais”, explica. 
 
Dra. Priscilla Sarlos, médica dermatologista da SBD destaca a importância de intervenções para minimizar os efeitos adversos cutâneos causados pela perda de peso rápida. Ela aponta que tratamentos como o uso de bioestimuladores de colágeno, como o ácido poli-L-láctico (PLLA), podem ser eficazes para restaurar a qualidade da pele. 
 
"O PLLA estimula a produção de colágeno tipo I, elastina e proteoglicanos, além de melhorar a função dos fibroblastos senescentes. O uso desses tratamentos deve ser avaliado a cada 4 kg de perda de peso", explica ela. 
 
Além disso, a médica sugere o uso de técnicas de ajuste volumétrico com ácido hialurônico, desde que feitas de forma cautelosa, para evitar um aumento excessivo da volumetria facial, que poderia gerar um resultado esteticamente indesejável. 
 
Os médicos ainda destacam que os cuidados cosméticos básicos, como hidratação e fotoproteção, são essenciais para reduzir os sinais da perda de peso rápida no envelhecimento cutâneo. Eles recomendam o uso de ácidos retinóicos, que ajudam a renovar as células da pele e melhorar a textura. 
 
“Para pacientes com perda de peso significativa procedimentos minimamente invasivos para promover a bioestimulação de colágeno são fundamentais”, diz Dr. Daniel
 
A SBD reforça ainda que pacientes que utilizam Ozempic precisam ter acompanhamento dermatológico contínuo, especialmente para monitorar e tratar os efeitos adversos na pele. “O tratamento da pele deve ser personalizado conforme as necessidades e as respostas individuais de cada paciente”, reforça Dra. Priscilla
 
Portanto, fica claro que o uso de medicamentos como Ozempic pode proporcionar benefícios para o controle do diabetes e emagrecimento, mas também exige cuidados especiais com a saúde da pele. “O acompanhamento médico interdisciplinar é o ideal, incluindo o dermatológico, para garantir que a perda de peso não comprometa a aparência e a saúde da pele a longo prazo”, conclui Dr. Daniel. 
 
Para saber mais sobre os cuidados com a pele, cabelos e unhas, acesse as redes sociais @dermatologiasbd e o site www.sbd.org.br. Se informe e encontre um especialista associado à SBD na sua região.

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