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Enxaqueca atinge mais de 30 milhões de brasileiros

O mês de maio é reservado para conscientizar a população sobre a cefaleia e a importância do diagnóstico e tratamento adequados. Popularmente conhecida como dor de cabeça, a cefaleia atinge cerca de 95% da população em algum momento da vida, de acordo com a Academia Brasileira de Neurologia.

A dor de cabeça é um dos principais sintomas - mas não o único! - da enxaqueca, doença do cérebro que acomete mais de um bilhão de pessoas no mundo, segundo a OMS. No Brasil, estima-se que 30 milhões de pessoas sofram com a doença (15% da população total). A enxaqueca tem causa hereditária e não tem cura.

Enxaqueca

A enxaqueca é uma doença crônica do cérebro que atinge todas as idades, mas tem ápice entre a população de 30 a 50 anos. De muitos sintomas, sendo o mais comum as fortes crises de dor de cabeça.

O que muita gente desconhece é a gravidade do assunto. A enxaqueca é uma doença caracterizada por um cérebro hiperexcitado em sofrimento. Irritabilidade, oscilações de humor, déficit de atenção, insônia, náusea e vômitos, dor na cervical, transtorno de ansiedade, sensibilidade à luz, cheiros e sons, entre outros sinais podem estar presentes durante uma crise de enxaqueca.

"A enxaqueca é uma doença. A dor de cabeça é um sintoma, assim como a febre, por exemplo. A enxaqueca é hereditária e acomete tanto homens como mulheres, mas é o público feminino que apresenta os quadros mais graves, com dor de cabeça mais debilitante, devido a questões biológicas e hormonais, por isso, elas acabam procurando mais por ajuda", explica a neurologista Thaís Villa.

O tratamento integrado consiste no cuidado do paciente de enxaqueca como um todo, com acompanhamento de especialistas em saúde atuando em várias frentes: neurologista, fisioterapeutas, nutricionistas, dentistas etc. A neurologista Thaís Villa explica que a grande maioria que procura pelo seu atendimento são pessoas com dores de cabeça fora do controle, que já passaram por profissionais de diversas áreas, mas sempre de forma dissociada, com diagnósticos inadequados, tratamentos sintomáticos e sem respostas que acabaram levando esses pacientes a se sentirem desacreditados e a se "acostumarem" com a dor.

"A dor de cabeça não pode ser normalizada e a enxaqueca não pode ser banalizada, é uma doença crônica e extremamente debilitante com uma difícil jornada que precisa de atenção, atendimento integrado e tratamento eficiente para que o paciente possa viver com menos dor e muito mais qualidade de vida", ressalta Thaís.

Tratando a doença

A neurologista pontua que o uso excessivo de medicações é hoje a principal causa de cronificação da enxaqueca. Isso porque, na grande maioria dos casos, os pacientes utilizam medicamentos que tratam os sintomas e não a doença. Estudo recente demonstrou que o uso contínuo de medicamentos no tratamento da dor de cabeça pode trazer diversos efeitos colaterais. Um dos mais graves é o alto risco de dependência ao medicamento, que faz com que haja aumento da tolerância aos efeitos analgésicos, tornando o impacto na dor muito modesto.

"O organismo vai se acostumando ao uso contínuo de medicamentos e perde, cada vez mais, seus próprios mecanismos de regular a dor. Sem estes medicamentos, a dor vem cada vez mais forte e são necessárias doses ainda maiores de analgésicos, anti-inflamatórios e triptanos, o que aumenta a frequência da chamada 'dor de cabeça rebote'. É preciso desintoxicar o paciente, ou seja, todos os medicamentos utilizados devem ser suspensos para que o tratamento preventivo da enxaqueca crônica funcione", explica Thaís Villa.

Thaís aponta ainda que, atualmente, os tratamentos mais específicos para a enxaqueca utilizam a toxina botulínica e anticorpos monoclonais anti CGRP, que cuidam dos diversos sintomas da doença.

 



 

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