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Câncer de ovário, quando é hora de investigar?

Neste mês de conscientização, a oncologista Graziela Dal Molin fala sobre a importância da clareza dos sintomas e busca pela qualidade de vida das pacientes com câncer de ovário
 
Maio é o mês de conscientização sobre o câncer de ovário, terceira neoplasia ginecológica mais comum no Brasil 1-2. E, como forma de promover o conhecimento dos sintomas e tipos de tratamento, especialistas alertam sobre a importância de falar dos sinais que a doença pode dar.
 
A oncologista Graziela Zibetti Dal Molin destaca a dificuldade que existe durante a investigação de sintomas que incomodam a paciente como as cólicas, por exemplo. “Na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos, o que torna complexa as chances de um diagnóstico precoce1. Esse é um dos motivos que temos um número alarmante de mulheres (6 em cada 10) com câncer de ovário diagnosticada com a doença já em estágios avançados1”, explica a médica que é vice-presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), além de também ser diretora do International Gynecological Cancer Society (IGCS).  
 
“Mesmo com os sintomas inespecíficos, é possível observar fatores que aumentam o risco de ter a doença e, assim, entender a necessidade de uma investigação mais imersiva”, conta Graziela Molin. A oncologista, que atua no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, acrescenta que “fatores como histórico familiar de câncer (ovário, colorretal e mama), pacientes que não tiveram gestação, com síndrome de ovários policísticos, endometriose ou excesso de gordura corporal aumentam o risco da doença3”.
 
Sintomas

Apesar do início quase silencioso, à medida que o tumor cresce, a paciente pode sentir pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas; náusea, indigestão, gases, prisão de ventre, diarreia, falta de apetite, desejo de urinar com mais frequência, cansaço constante e/ou massa palpável no abdome3.
“Mulheres que possuem histórico de doença inflamatória pélvica, que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos e que estão acima dos 50 anos devem ficar atentas aos sintomas3”, alerta a médica.
 
 Diagnóstico e tratamento: o papel do olhar multidisciplinar

O processo diagnóstico geralmente começa nas consultas regulares ao ginecologista que, após exames habituais, pode ter alguma desconfiança e iniciar uma investigação1 para conseguir chegar ao diagnóstico.
Após diagnosticado, o câncer de ovário pode ser tratado com cirurgia e/ou quimioterapia. “A orientação médica vai depender de alguns fatores como tipo histológico do tumor, extensão da doença, idade, condições clínicas da paciente e se o tumor é inicial ou recorrente.3”, diz Graziela Molin. “Médicos de diferentes áreas trabalham em conjunto com a finalidade de melhorar a qualidade de vida e controle da doença”, finaliza a oncologista.
 
 
Referências:
1. EUROPEAN SOCIETY FOR MEDICAL ONCOLOGY (ESMO). ESMO Patient Guide Series: What is ovarian cancer? Disponível em: Link. Acesso em: 7 abr. 2025.
2. INSTITUTO ONCOGUIA. Detecção precoce do câncer de ovário. Disponível em: Link. Acesso em: 7 abr. 2025.
3. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Câncer de ovário. Disponível em: Link. Acesso em: 15 abr. 2025.
 

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