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Ceratocone já é responsável por 1 em cada 5 transplantes de córnea no Brasil

Junho Violeta alerta: Ceratocone já é responsável por 1 em cada 5 transplantes de córnea no Brasil
 
Campanha criada pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia quer ampliar a conscientização sobre a doença silenciosa que pode comprometer severamente a visão, especialmente de adolescentes e jovens.
 
Durante todo o mês de junho, a campanha Junho Violeta, promovida pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), chama atenção para a importância da prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento do ceratocone, uma doença progressiva da córnea que pode levar à perda significativa da visão.

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 20% de todos os transplantes de córnea realizados hoje no país são consequência direta do ceratocone. O dado reforça a necessidade de ampliar o conhecimento sobre essa condição, que atinge entre 0,5% e 3% da população mundial e é frequentemente subdiagnosticada.

O oftalmologista Dr. Hallim Feres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da Prisma Visão, explica que o ceratocone ocorre quando a córnea estrutura transparente e curva na frente do olho se deforma progressivamente, tornando-se mais fina e adquirindo formato de cone. “Essa alteração provoca distorções visuais, sombras e desfocamento, que dificultam atividades simples do dia a dia. Embora não leve à cegueira completa, compromete muito a qualidade da visão. Em casos mais graves, o transplante é necessário, mas a prevenção e o diagnóstico precoce ainda são os melhores caminhos”, afirma.

A condição costuma surgir na adolescência ou início da vida adulta e tem fatores genéticos importantes, o que significa que a predisposição pode ser hereditária. Porém, fatores ambientais também têm papel relevante. “Coçar os olhos com frequência, especialmente por conta de alergias, pode acelerar o afinamento da córnea e o avanço da doença”, explica o especialista.

O ceratocone é classificado em quatro estágios e o tratamento depende da gravidade.
Veja os principais:
-Estágio inicial: Correção com óculos.
-Estágio moderado: Uso de lentes rígidas especiais ou implante de anel intracorneano.
-Casos progressivos: Procedimento de crosslinking, que fortalece a estrutura da córnea com colírio de riboflavina (vitamina B2) ativado por luz UVA.
-Estágio avançado: Transplante de córnea.

Por ser uma doença silenciosa no início, é comum que o diagnóstico aconteça tardiamente muitas vezes quando o paciente já apresenta graus elevados de miopia ou astigmatismo. Por isso, a campanha Junho Violeta reforça a importância da avaliação oftalmológica regular, especialmente em crianças, adolescentes e pessoas com histórico familiar da doença.
 
“A recomendação é realizar exames oftalmológicos pelo menos uma vez ao ano. O diagnóstico precoce pode evitar a progressão e reduzir drasticamente os riscos de complicações futuras”, finaliza Dr. Hallim.
 
Dr. Hallim Feres Neto @drhallim
CRM-SP 117.127 | RQE 60732

Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia
Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa
Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery
Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology

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