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FMUSP lança biorrepositório inédito dedicado à síndrome de Down
FMUSP lança biorrepositório inédito dedicado à síndrome de Down
Acervo biológico será disponibilizado, futuramente, à comunidade científica do Brasil e do exterior
A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) iniciou, neste mês de julho, os procedimentos clínicos e a coleta de amostras do Biorrepositório de Síndrome de Down, o primeiro destinado ao estudo da condição no Brasil. Coordenado pelo professor titular de Psiquiatria da FMUSP, Dr. Orestes Forlenza, o projeto de pesquisa multicêntrico integra a Rede BURITI-SD (Brazilian Uplift for Research & Innovation for Trisomic Individuals) e será voltado à preservação de amostras de sangue periférico e dados clínicos de pessoas com a síndrome, de todas as idades e regiões geográficas do país.
O Biorrepositório de Síndrome de Down foi aprovado pelo Comitê de Ética da FMUSP e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), com a perspectiva de ser um acervo aberto à colaboração de pesquisadores de todo o Brasil e do exterior. A iniciativa recebeu investimento de R$ 14 milhões, provenientes de recursos governamentais (MCTI/CNPq) e da sociedade civil, por meio do Instituto Alana. O acervo de bioamostras está sediado no Biobanco do Instituto de Psiquiatria (IPq), que integra o Sistema FMUSP-HC.
“O Biorrepositório de Síndrome de Down terá papel estratégico no avanço de estudos sobre saúde mental, envelhecimento, doenças neurodegenerativas e outras comorbidades comuns na população com trissomia do cromossomo 21”, afirma o Prof. Dr. Orestes Forlenza.
Além de preservar material biológico, o acervo será parte de uma infraestrutura nacional para estudos longitudinais, com foco em biomarcadores clínicos, genéticos e imunológicos, com potencial para apoiar diagnósticos precoces e orientar políticas públicas. As primeiras coletas serão realizadas com os participantes da Coorte Brasileira de Pessoas com Síndrome de Down, outro pilar da Rede BURITI.