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Revisão da Valoração dos Auxiliares de Cirurgia
Hoje, quando se fala em remuneração dos médicos, a insatisfação é generalizada. Há descontentamento unânime desde os valores da Tabelas do Sistema Único de Saúde, das consultas e procedimentos na área suplementar, assim como quanto aos salários dos servidores concursados. A FEBRASGO, desde o início da atual diretoria, atua firme para reverter este quadro, tanto junto a instituições coirmãs, como a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), quanto a gestores e fontes pagadoras.
Neste momento, por exemplo, há um trabalho intenso para dobrar a remuneração dos auxiliares de cirurgia. Já foi encaminhado um pleito à AMB, solicitando o reajuste para todas as faixas. A meta é fazer com que a valoração dos médicos auxiliares de atos cirúrgicos corresponda ao percentual de 60% da valoração do porte do ato praticado pelo cirurgião para o primeiro auxiliar, a 40% para o segundo e a 30% para o terceiro auxiliar. Se o caso exigir, também 30% para o quarto auxiliar.
Do ponto de vista do atendimento aos cidadãos, busca-se também um salto qualitativo: agilizar procedimentos e resolver eventual demanda reprimida. "Noventa por cento dos procedimentos precisa de dois médicos. E em algumas cirurgias são necessários três", comenta Juvenal Barreto B. de Andrade, diretor de Defesa e Valorização Profissional. "Nossa proposta é que a AMB compreende a relevância do pleito e nos apoie nesta reivindicação junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar e ao Ministério da Saúde".
O pleito é da maior justeza. Para ter uma noção da situação de momento, vale registrar que, em certos procedimentos, como na Cirurgia de Cisto de Bartholin, o cirurgião recebe cerca de R$ 60 para mais de hora de dedicação. É completamente fora de propósito, pois trabalha no vermelho, já que tal valor não paga nem o deslocamento e o estacionamento.
Diretoria Febrasgo