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FEBRASGO cria diretrizes de temas controversos
A FEBRASGO irá divulgar, em breve, para seus associados e também para o público leigo uma série de posicionamentos oficiais sobre temas controversos. Inicialmente, estarão em pauta cinco assuntos recorrentes, em especial na mídia, como violência obstétrica, episiotomia, parto domiciliar, disponibilidade obstétrica e cuidados na assistência ao parto.
O objetivo é informar os ginecologistas e obstetras sobre como proceder em certas situações, inclusive com medidas práticas para se resguardar no exercício da profissão e para garantir assistência adequada/segurança às pacientes.
“Veja o caso da episiotomia, uma incisão na região do períneo para ampliar o canal de parto. Bem, estão tratando esse procedimento como se fosse algo que os obstetras fazem para machucar, para agredir a paciente. É um absurdo. Quando necessária, visa evitar um risco elevado de lacerações graves na pele ou garantir a saúde do bebê, por exemplo”, alerta Carlos Henrique Mascarenhas da Silva, membro da Comissão de Defesa Profissional e presidente da SOGIMIG (Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais).
As recomendações FEBRASGO para situações controversas estão sendo formatadas por renomados médicos de associações de Ginecologia e Obstetrícia de vários estados, sendo que ficarão disponíveis a todos no site www.febrasgo.org.br.
O material deve ser divulgado até o XXII FIGO (Congresso Mundial de Ginecologia e Obstetrícia), que ocorrerá no Rio de Janeiro, de 14 a 19 de outubro.
Claudia Lourdes Soares Laranjeiras, de Minas Gerais, e Roseli Mieko Yamamoto Nomura, de São Paulo, são as responsáveis pelo documento sobre Episiotomia.
Mirela Foresti Jiménez, do Rio Grande do Sul, produz os textos sobre Locais do Parto – Segurança e Riscos; Roberto Magliano de Morais, da Paraíba, trabalha a matriz a respeito de Plano de Parto.
Já Alberto Trapani Júnior, de Santa Catarina, compila orientações para Cuidados na Assistência ao Parto, enquanto o presidente da SOGIMIG, Carlos Henrique Mascarenhas da Silva, organiza um guia sobre Disponibilidade Obstétrica, e Liduina Albuquerque Rocha de Souza, do Ceará, compila o manual de Violência Obstétrica.