Sociedades
Cardiologistas discutem a sustentabilidade do setor de saúde na ANS
O presidente eleito da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, acompanhado da presidente da SBHCI, Viviana Lemke, foi recebido pelo presidente em exercício da Agência Nacional de Nacional de Saúde Suplementar, Leandro Fonseca, pelo diretor de Gestão da ANS, Paulo Rebello Filho e pelo diretor-adjunto de Desenvolvimento Setorial, Daniel Pereira. Eles trataram do cenário atual da saúde suplementar, em destaque a sustentabilidade do setor e as novas formas de remuneração. A reunião foi na sede da ANS, no Rio de Janeiro.
Para Marcelo Queiroga, é necessária uma participação mais forte das sociedades científicas nas discussões sobre a sustentabilidade do sistema de saúde. “A eficiência da gestão e qualidade da assistência aos beneficiários deve ser prioridade. É fundamental que as evidências científicas sejam consideradas e ponderadas em relação ao impacto orçamentário e os resultados de efetividades obtidos na assistência à saúde”. Queiroga destacou ainda que a SBC tem tradição na elaboração de diretrizes e na difusão dos conhecimentos científicos à comunidade cardiológica.
O presidente eleito da SBC reclamou que os honorários médicos não são atualizados com a periodicidade devida, mesmo com previsão legal (Lei 13.003/2013) e a maior parte do orçamento da saúde suplementar é despendido com custos administrativos, indústria farmacêutica, de produtos e com rede de hospitais, sendo os honorários médicos sempre deixados de lado. Para Queiroga, assiste-se uma avalanche de punições desarrazoadas às sociedades Médicas e Cooperativas pelo CADE e a ANS precisa atuar para equilibrar essa relação, reduzindo a assimetria que existe entre operadoras e médicos.
O presidente em exercício da ANS, Leandro Fonseca, afirmou que o diálogo com as sociedades médicas deve ser prioridade e convidou a SBC para contribuir na construção de uma nova agenda para a Saúde Suplementar brasileira. Já o diretor de Gestão da ANS, Paulo Rebello Filho, “ressaltou a necessidade de mudar o atual modelo assistência e de pagamento por procedimentos sem perder de vista a melhoria do atendimento ao beneficiário de planos de saúde”.