Outubro também é um mês dedicado ao bem-estar idoso, em menção ao Dia Nacional do Idoso, em 1 de outubro. Graças aos avanços da medicina, a população idosa está cada vez maior e a tendência é só aumentar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2050, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais deve atingir a marca de 2 bilhões, enquanto a de pessoas acima dos 80 ultrapassará 400 milhões.
Por isso, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), por meio do Departamento de ORL Geriátrica, lança a campanha "O tempo passa e o cuidado aumenta", com o objetivo de despertar a atenção da população para os principais problemas otorrinolaringológicos que podem afetar a vida e autonomia do idoso e incentivar a busca por avaliação médica.
A programação especial acontece durante a Semana de Otorrinogeriatria, de 4 a 10 de outubro, e será divulgada pelos canais oficiais no Instagram e Facebook @otorrinoevoce.
Você sabe quando procurar um especialista? Confira abaixo os 4 principais cuidados otorrinolaringológicos para a saúde do idoso.
• É possível prevenir e evitar as quedas
Você sabia que a tontura é um problema muito comum nesta faixa etária e pode causar queda do idoso? São muitas causas possíveis, como reação a muitos medicamentos, consumo excessivo de café ou álcool, alimentação e hidratação inadequadas... A perda de audição e o zumbido podem se somar ao quadro. Além de afetar o aspecto emocional, com a percepção da perda da autonomia, os idosos podem sofrer fraturas cirúrgicas de difícil recuperação, com grave transtorno ao seu estado geral.
A questão do equilíbrio do idoso deve ser levada a sério e investigada. Com o diagnóstico realizado pelo otorrinolaringologista e tratamento adequado, é possível prevenir e evitar as quedas, proporcionando uma melhor condição de vida e bem-estar do idoso.
• Sono não reparador
Uma noite mal dormida vai além da sonolência diurna: pode ocasionar tropeços, quedas e até acidentes de automóvel (pela falta de reflexos). Além de criar uma rotina para dormir, com horários regrados, alimentação balanceada e uso controlado das tecnologias (como smartphones e TVs), é preciso investigar as causas do sono não reparador.
A Medicina do Sono é uma área de atuação - e a otorrinolaringologia é uma das especialidades médicas que podem contribuir com essa investigação. Nos idosos, o ronco pode ser um alerta para a apneia obstrutiva do sono, além dos idosos que apresentam insônia (falta de sono) ou hipersonia (sono excessivo).
• Comunicação: a base de tudo
Os distúrbios decorrentes da dificuldade de comunicação isolam o idoso, impedem sua socialização e convivência afetiva com família e amigos. Eles são diversos: perda auditiva no idoso (presbiacusia), o envelhecimento natural da voz (presbifonia), dificuldade em se expressar. Soma-se a esses fatores a dificuldade de engolir e engasgos relacionados ao envelhecimento das estruturas e funções da laringe (presbifagia), gerando insegurança nas atividades sociais. Por meio de investigação e tratamento adequado, é possível proporcionar a melhoria da vida do idoso.
• Alterações no olfato e paladar
O olfato é fundamental para a segurança de uma pessoa, ainda mais para o idoso. Aumenta, por exemplo, o risco de acidentes, por não sentir cheiro de fumaça ou escapamento de gás. E com a perda de paladar, pode-se ingerir alimentos deteriorados, gerando intoxicação alimentar, além do uso excessivo de sal e temperos por não sentir o sabor dos alimentos, aumentando o risco de hipertensão e irritação gástrica.
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