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SBGG esclarece 5 dúvidas sobre a vacinação contra o vírus Influenza
Tradicionalmente realizada entre os meses de abril e maio, a campanha de vacinação contra o vírus Influenza (gripe), organizada pelo Ministério da Saúde, foi antecipada em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas. Porém, segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, 68% dos brasileiros têm pouco ou nenhum conhecimento de que o vírus da gripe pode agravar doenças preexistentes, como problemas cardiovasculares e diabetes tipo 2, especialmente em idosos.
Ainda segundo dados do Ministério da Saúde, os idosos representaram 65,6% dos óbitos por influenza no ano passado (Estou na dúvida se deixo...) e 54,9% das hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).Quando levado em consideração as pessoas idosas com alguma comorbidade, as complicações em decorrência da SRAG podem ser ainda mais severas, sendo que a letalidade entre esses pode ser duas vezes maior se comparado com pessoas idosas sem comorbidades.
Para esclarecer algumas das dúvidas mais comuns e tentar levar mais conhecimento e informação à população, a Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) elencou 5 perguntas e respostas sobre a vacina contra a Influenza:
1 - Qual a importância da vacinação contra a influenza para as pessoas idosas?
A influenza causa sérios danos à saúde, especialmente na população idosa. Além do agravamento pulmonar, com a ocorrência da gripe e, por muitas vezes, infecção bacteriana secundária, exacerba as comorbidades pré-existentes, como as cardíacas e pulmonares, aumenta a taxa de internação hospitalar, mortalidade e perda da qualidade de vida.
2 - A vacina contra a influenza pode ser "tomada" junto com a da Covid-19?
Sim. A vacina pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas – incluindo as vacinas Covid-19, desde que em diferentes sítios anatômicos (como, por exemplo, uma vacina em cada braço).
3 - As vacinas podem provocar algum tipo de reação em pessoas idosas? Se sim, quando saber se essa reação é "normal" ou se é necessário procurar um auxílio médico?
As vacinas inativadas são bem toleradas e seguras. Os eventos adversos mais comuns são dor, edema e vermelhidão no local da aplicação que pode durar até 48 horas. Efeitos sistêmicos leves e transitórios podem ocorrer, como febre, mal-estar e mialgia. Eventos mais graves, como reações anafiláticas e Síndrome de Guillain-Barré, são raros. Em caso de persistência por mais de 48h ou agravamento dos sintomas, o paciente deverá procurar atendimento médico.
4 - Os componentes da vacina mudam de um ano para o outro? Por quê? Este ano, a vacina é composta por quais componentes?
Sim. A vacina tem sua composição atualizada anualmente. A atualização é necessária porque o vírus influenza apresenta altas taxas de mutação, o que resulta na inserção de novas variantes todos os anos, para as quais a população não apresenta imunidade. Para 2024, as vacinas estão compostas com as seguintes cepas:
Vacinas trivalentes:
Influenza A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09
Influenza A/Thailand/8/2022 (H3N2)
Influenza B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria)
Vacinas tetravalentes com acréscimo da seguinte cepa
Influenza B/Phuket/3073/2013 (B/linhagem Yamagata)
5 - Além da vacina, como os idosos podem se prevenir da gripe?
Manter um estilo de vida saudável, com o controle das doenças prévias, bons hábitos de vida (que incluem alimentação saudável, exercícios físicos, evitar tabagismo e consumo de álcool), cuidado com a saúde mental e momentos de lazer, além dos cuidados em relação a doenças virais transmissíveis como manter os ambientes ventilados, evitar locais fechados ou grandes aglomerações, higienização frequente das mãos e evitar de colocar as mãos nos olhos e na boca antes da higienização, usar máscara de proteção facial quando estiver em local de aglomeração, evitar contato próximo com pessoas com sintomas respiratórios como tosse, espirros e coriza, são algumas das ações preventivas que podem ser adotadas para evitar a infecção pelo vírus da Influenza.
Comissão de Imunização da SBGG
Dra. Maisa Kairalla
Dr. Jarbas Roriz Filho
Dr. Paulo Villas Boas
Dr. Daniel Christiano de Albuquerque Gomes